Até à mecanização agrícola, o Maronês teve na aptidão trabalho e transporte a causa primeira da sua elevada valorização económica. Atualmente, a raça distingue-se na produção de carne, principalmente na carne de vitela, aptidão pela qual passou ser conhecida pelos consumidores mais exigentes.

Nesta produção, a informação disponível, resultante, tanto do controlo de performances na exploração como nos dados recolhidos no matadouro, indica um peso de carcaça aos 7 meses, isto é, ao desmame de 98 Kg com rendimentos em carne, extremamente interessantes, como mostra o quadro.

Número de animais 25
Peso Média de Carcaça (Kg) 98
Fralda Osso 20,120
Costeletas 24,500
Pojadouro 6,245
Chã de Fora 7,445
Chambão 3,380
10,150
Lombelo 1,830
Alcatra 3,255
Rabadilha 3,825
Total 80,750

Rendimento em carne de vitelos Maroneses abatidos aos sete meses (Fonte: Agrupamento de Produtores Carne Maronesa, 2002).

Por outro lado, a raça tem elevada aptidão como vaca base, tanto no cruzamento com os machos de outras raças de aptidão cárnica, desde que estas induzam baixo peso ao nascimento.

Na esfera reprodutiva apresenta boa precocidade sexual: idade média ao 1° estro fecundante de 429±74 dias (n=115); razoáveis índices de fertilidade (± 86,6%); idade média ao primeiro parto de 833±119 dias (n=9998); e, um intervalo médio entre partos de 394±59 dias (n=43306 intervalos).

Quanto à capacidade materna, apresenta grande facilidade de parto (apenas 5,3% dos partos necessitam de ajuda, representando a ajuda veterinária apenas 2,9%) tem elevado instinto maternal com capacidade leiteira mais que suficiente para permitir um bom ritmo de crescimento da cria.

No que respeita à longevidade produtiva, pode-se constatar que 50% das vacas ultrapassam os onze anos de idade, sendo a idade de exploração mais frequente a dos seis anos. Numa análise mais detalhada, verificamos ainda que 5% das vacas ultrapassam os 17 anos de idade.